A mesma situação pode acontecer com pequenos grupos de cavalos, às vezes integrando potros, tão bonitos quanto medrosos. Não se percebe porque escolhem a beira da estrada para pastar com tanto campo a poucos metros. Deve ser para exibir a elegância aos poucos automobilistas que vão passando. A verdade é que conseguem parar o trânsito, quase sempre para fazer uma foto, nem que seja com o telemóvel. Igualmente fotogénicas são as cascatas que surgem pelo caminho. Essas, pelo menos, fazem-se anunciar pelo barulho das águas, as mais límpidas jamais vistas e obviamente perfeitas para um refrescante “duche”
De caminho, outra paragem que se impõe é na vila do Soajo, para espreitar a eira comunitária de 24 espigueiros de pedra, construídos com o objectivo de preservar os cereais do mau tempo e dos ratos e encimados por cruzes a apelar à protecção divina.
O mais antigo data de 1782 e alguns deles ainda hoje são utilizados.
Deixando o Parque Nacional, Arcos de Valdevez constitui mais uma aprazível visita. Havendo apetite, estimulado pelo passeio, o primeiro destino pode ser o Matadouro, uma referência na vila. Localizado à beira-rio, no caso, o Vez, é um antigo matadouro, como o nome indica, convertido em restaurante já lá vão aproximadamente sete anos. Posta de vitela barrosã e bacalhau à violeta, ou seja, frito e coberto por cebolada, são alguns dos pratos tradicionais que integram a ementa.
Depois, é tempo de conhecer a vila. Foi nestas terras, diz a tradição, que Afonso Henriques se confrontou com as tropas de Afonso VII de Leão, corria o ano de
A Igreja Matriz é um dos seus principais monumentos, tal como a da Nossa Senhora da Lapa, do século XVIII, considerada um dos mais valiosos de todo o concelho.
Um dia assim é obviamente comprido, mas quem tiver energia para uma derradeira revelação pode passar novamente por Ponte de Lima no regresso a casa. Por um motivo: ver com os próprios olhos como um marketing diferente faz milagres e, simultaneamente, provar a culinária da D. Márcia. N’ Os Telhadinhos, uma tasca à moda antiga, petiscos comuns destacam-se pelas designações brejeiras. “O Corno na Racha é um prego, porque às vezes se diz que o bife é duro como corno, num pão aberto, ou rachado, ao meio”, explica a proprietária.
Nomes como este caracterizam toda a ementa que lhe deu sucesso: já apareceu em programas da TV, recebe excursões de vários pontos do país e também visitantes estrangeiros, como atestam as notas usadas na decoração das paredes. Entre a clientela não faltam mulheres, que aqui se divertem à grande a fazer pedidos... originais.
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